Conhecimento é poder, e o único caminho para se empoderar de si mesma é conhecendo-se. Infelizmente, a medicina convencional e a indústria farmacêutica ainda são um entrave nesse percurso, mas por sorte é crescente o movimento que sabe ser um caminho sem volta. Suprimir a menstruação com uso contínuo de hormônios ou aceitar-se dependente destes, por exemplo, não é ser livre: ao contrário, mantém as mulheres engessadas ao sistema e ao caminho normativo pré determinado. A medicina convencional alopática ocidental é fruto de nossa colonização européia, que nunca mentiu que objetivava nos dominar e explorar. Uma ciência que analisa os seres humanos como máquinas, grupos celulares racionalmente organizados e ignora fatores não-físicos que nos influenciam, não reconhecendo a real potência dos corpos. Portanto, não surpreende que o machismo ainda esteja impregnado nela, até por que há apenas algumas décadas começamos a ter mulheres permitidas a estudar e exercer a medicina. Neste sentido, apesar de todos os avanços e conquistas que permitem salvar tantas vidas, a ciência pouquíssimo sabe sobre o ciclo menstrual e seus mistérios – capazes, inclusive, de gerar novas vidas. Em meio a essa dificuldade de compreensão sobre o corpo feminino, cujas sutilizas incluem desde o orgasmo até o processo de gerar e expelir na hora certa uma outra vida, seguimos recebendo da medicina-ciência mais e mais mensagens e produtos que tentam nos convencer de que devemos adequar nossos ritmos e corpos ao previsível, gerenciável. Mas lembrem que uma excelente forma de controlar um ser é controlar seu corpo. Ritmos lineares, corpos que não menstruam!
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